sexta-feira, outubro 13, 2006

Afinal, o que irá mudar na Segurança Social?

Muito se tem falado ultimamente na reforma da Segurança Social. Uns com conhecimento de causa, outros nem por isso, procurando levar as pessoas a acreditar na necessidade de destruir um modelo que garante a todos uma reforma.

Mas afinal o que vai mudar?

Para começar, os descontos passam a contar, para o cálculo da reforma, toda a vida contributiva do trabalhador, e não só os últimos anos.

Irão deixar de haver reformas chorudas, que todos condenamos… Ou seja, mais justiça para quem trabalha. O rendimento de inserção social, mais conhecido por rendimento mínimo, assim como os abonos familiares, deixarão de ser suportados pela Segurança Social, e passarão a ser pagos pelo Orçamento de Estado, ficando mais dinheiro para as reformas.

O cálculo do valor da reforma, e não como muitos dizem da idade da reforma, passará a ser calculada em função de esperança média de vida. As pensões não irão baixar para quem já as está a receber, e para se reformar até 2015, as pessoas têm a possibilidade de optar pela forma de cálculo que lhe seja mais vantajosa.

Afinal, para quê tanto pânico? Porque os lobbies das seguradoras estão aí! Elas querem um sistema de capitalização, ou melhor, dos já existentes PPR’s, que agora são opcionais, mas que as seguradoras e bancos querem obrigatórios, claro, para aumentarem os seus lucros.

E se assim fosse, como seria na altura de nos devolverem tudo o que tínhamos investido durante a nossa vida contributiva? Pelos exemplos que as seguradoras já nos deram, seria questionável… Na altura em que elas têm de pagar, levantam mil e um problemas. Quem não tem uma história já para contar das seguradoras…?

É por isso que é importante manter o Estado Social em que estamos inseridos, continuar a garantir um sistema de segurança social justo e equilibrado, para que TODOS tenham direito a uma reforma. E não só os mais ricos…

A Juventude Socialista está solidária com esta proposta de reforma, porque ela assegura a reforma dos Jovens, pois foi para os Jovens que ela foi pensada.

Nuno Baptista