domingo, outubro 29, 2006

O estado da (Des) Educação

É verdade que todos os pais, professores e sociedade em geral, querem o melhor para as nossas crianças e disso não haja dúvidas.

O problema está, em que, o que é melhor para uns, pode não ser tão bom para os outros, ou não fossemos nós cidadãos de uma sociedade democrática.

O que é verdadeiramente importante, e que esperamos que se resolva a curto prazo, é a animosidade criada entre o Ministério da Educação e Professores. Pois sejamos sinceros, ninguém pode exercer a sua profissão o melhor que pode, sabe e deve, quando se torna “bode expiatório” da sociedade. Não será com certeza esta a fórmula para melhorar o estado da educação… Que tal, reforçar a autoridade dos professores, que afinal de contas, são as maiores vitimas da educação, de forma física e psicológica, sofrendo silenciosamente. Que tal, restituir justiça dos concursos que no presente ano lectivo foram uma confusão total, desde vagas mal apuradas, o que suscitou “atropelamentos” nas listas, a colocações administrativas sem qualquer critério…

É preciso e torna-se urgente que passemos a valorizar os “nossos professores” que em cada escola, em cada sala, e por cada criança dão o melhor de si, conscientes de que são efectivamente agentes formadores dos cidadãos do mundo de amanhã, quem sabe governantes deste país.

Hoje aqui, amanhã ali, hoje numa escola com condições, amanhã numa escola degradada, hoje numa escola limpa, amanhã numa escola em que não há auxiliar e que é preciso ser ele próprio (professor(a)) com a ajuda dos alunos a zelar pela limpeza da escola… e tudo isto, muitas vezes, longe do seu meio e da sua família… Estes professores continuam sem desistir de exercer a profissão com que sempre sonharam… apenas pelas suas crianças.

Parece, que vale a pena pensar nisto!!!

Nuno Pereira

sábado, outubro 28, 2006

Esclarecimento

A Concelhia da JS Ourém esclarece, perante a nossa posição face à eventual vinda do Modelo para Ourém, que não está contra a vinda do mesmo para Ourém. Referimos na nossa posição ser “questionável a sua chegada tendo em conta que existem outras na cidade”. E ser questionável, ou entender termos actualmente superfícies que satisfazem as necessidades das populações, não implica estarmos contra a vinda do Modelo. Até porque o Modelo já se pretende instalar em Ourém há muitos anos. Antes mesmo, da chegada do Intermarché.

Manifestamo-nos contra a possível instalação do Modelo no Vale da Aveleira.

Talvez muitas pessoas nem saibam onde se situa o Vale da Aveleira… É uma zona que em nosso entender, assim como de alguns moradores de Ourém que nos têm feito chegar a sua concordância face à nossa posição, tem excelentes condições para única e exclusivamente, crescimento urbanístico.

Sabemos que é através da concorrência que as estruturas económicas fazem baixar os preços. A vinda do Modelo contribuirá nesse sentido, sem dúvida.

Mas também existem outras questões que nos preocupam. Como a sobrevivência do comércio tradicional, que nos presta serviços personalizados e mais humanos.

Dirão e concordaremos, que o Comércio Tradicional terá de reequacionar o tipo de serviços que prestam e até a sua forma de trabalho? Sim.

Porém, não nos deixamos de preocupar com os proprietários destes estabelecimentos, assim como dos trabalhadores que lá auferem o seu salário.

Estamos conscientes que uma superfície como o Modelo ou outras do género empregam muita gente, apesar dos salários serem baixos e as condições laborais precárias. Sempre são empregos. E nos dias que correm todos são preciosos, tendo em conta a volatilidade do mercado de trabalho.

Naturalmente que a maioria das pessoas também concorda que as cidades não precisam de hipermercados ou centros comerciais para se afirmarem e desenvolverem. Através da cultura, do património, das associações culturais e desportivas muitas cidades deste país são locais de eleição no panorama artístico, cultural e histórico a nível nacional.

A existência de superfícies comerciais são um sinal de existência de consumidores e de população… E relativamente a esta questão, importa relembrar a importância da existência de superfícies comerciais quando escrevemos: A maioria das cidades do país que possuem superfícies comerciais de grande e média dimensão, autorizam a construção destes espaços nas entradas das localidades, junto a vias de comunicação de fácil escoamento de tráfego, possibilitando, simultaneamente, a atracção de outros investimentos, visto que a existência de actividades diferenciadas, potencia o interesse económico de outros sectores.”

Mas, mais uma vez, afirmamos que não estarmos contra o Modelo em Ourém.

Estamos contra a instalação do mesmo no Vale da Aveleira por questões urbanísticas e de tráfego, como referimos no nosso texto.

Secretariado Concelhia Ourém da JS

segunda-feira, outubro 23, 2006

Modelo no Vale da Aveleira?!?

A Concelhia de Ourém da Juventude Socialista manifesta a sua preocupação, face à recente notícia que dá como possível a instalação do Hipermercado Modelo, no Vale da Aveleira, em Ourém.

Relativamente à vinda desta superfície comercial, entendemos ser questionável a sua chegada, tendo em conta que existem outras na cidade, com grande oferta e variedade de produtos. Perante a construção do Intermarché, com a existência do LIDL, do Ulmar e o restante comércio tradicional, Ourém encontra-se bem servida. Além de que, o pequeno comércio, se ressente quando unidades deste tipo se instalam nas localidades. Mas essa deve merecer uma posição dos Comerciantes e da Associação que os representa.

Contudo, neste assunto há uma questão sobre a qual estamos frontalmente contra. A da possível localização do Modelo, no Vale da Aveleira.

Para que possamos reestruturar a cidade de Ourém, depois dos consecutivos erros urbanísticos licenciados pela Câmara Municipal, importa, à luz do PDM e do Plano de Urbanização, colocar estas grandes superfícies afastadas do centro urbano.

A maioria das cidades do país que possuem superfícies comerciais de grande e média dimensão, autorizam a construção destes espaços nas entradas das localidades, junto a vias de comunicação de fácil escoamento de tráfego, possibilitando, simultaneamente, a atracção de outros investimentos, visto que a existência de actividades diferenciadas, potencia o interesse económico de outros sectores.

Na opinião da JS, importa expandir e não concentrar mais a cidade de Ourém. Permitir a construção do Modelo no Vale da Aveleira, condicionaria as vias que dão acesso àquele lugar, com a circulação de mais veículos. Além de que descaracterizaria aquela zona, onde até ao momento só existem habitações.

A modernização urbanística, enquanto estratégia de atracção e de crescimento de uma cidade, deve estar associada à exploração das potencialidades naturais. Para nós o Vale da Aveleira oferece excelentes condições para a continuação da construção de moradias, proporcionando alternativas aos apartamentos da cidade, onde os blocos se “encaixotam” uns nos outros…

Apelamos ao bom senso dos responsáveis da Câmara Municipal, no sentido de estudarem alternativas de localização do Modelo, caso a mesma se concretize, protegendo o Vale da Aveleira e a qualidade de vida dos oureenses.

Ourém, 23 de Outubro de 2006

A Concelhia de Ourém da JS

terça-feira, outubro 17, 2006

Proposta da Rede de Urgências para o Médio Tejo

Encontra-se em discussão pública, durante o mês de Outubro, a "Proposta de Rede de Urgências", sobre a qual os dirigentes desta estrutura partidária entendem dar a sua opinião.

Este documento, elaborado por uma Comissão Técnica decerto não teve em conta as questões humanas e as redes viárias desta região.

Esta proposta aponta o Hospital de Abrantes como o detentor da Urgência Médico-Cirúrgica a servir as populações, que actualmente se dividem pelos Hospitais de Tomar, Abrantes e Torres Novas. Assim, ela transfere para o Hospital de Abrantes os casos mais graves, preterindo os Hospitais de Tomar e Torres Novas, que passam a ficar, somente, com as Urgências Básicas.

A Concelhia de Ourém da JS questiona a razão da escolha recair sobre o Hospital de Abrantes, quando, em nossa opinião, o Hospital de Torres Novas é aquele que oferece mais e melhores condições. Condições em termos de acessibilidades, instalações recentes com equipamentos modernos, rentabilizando os recursos humanos existentes, não necessitando que o governo tivesse de investir em novos equipamentos, que decerto o Hospital de Abrantes necessitaria, tendo em conta que entre os três Hospitais, é o mais antigo.

Em nossa opinião, as Urgências dos Hospitais de Tomar e Torres Novas, com o eventual encerramento nocturno de alguns Serviços de Atendimento Permanente de concelhos vizinhos, necessitam de meios humanos e técnicos reforçados, para responder a eventuais urgências dos milhares de cidadãos que residem nesta região.

Apesar de sabermos que a situação de existirem três Hospitais numa área geográfica tão próxima ser incomportável a vários níveis, o número de médicos disponíveis nas Urgências dos mesmos deve ser reforçado, de modo a tornar os tempos de espera dos utentes, mais curtos.

Olhando para o Concelho de Ourém, facilmente entendemos o esforço que tem sido desenvolvido pelos profissionais de saúde do nosso concelho, no Serviço de Atendimento Permanente, durante a noite. Sabemos que há muitos anos o Centro de Saúde de Ourém e os seus Directores se deparam com falta de médicos e que a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente depois da meia-noite há muito que está em causa. Todavia, essa é uma questão para análise posterior, visto que a JS pretende solicitar uma reunião de trabalho com a Direcção do Centro de Saúde de Ourém, a fim de se inteirar oficialmente das dificuldades dos profissionais de saúde no nosso concelho.

Relativamente à eventual atribuição do Hospital de Abrantes como o principal nas Urgências Médico-Cirúrgicas desta região, exigimos que o governo invista mais na formação dos elementos que compõem as ambulâncias do INEM e que prestam os Primeiros Socorros, assim como na aquisição de mais ambulâncias com equipamentos de Suporte Básico de Vida.

Estas e outras delicadas questões exigem posições conjuntas dos profissionais da saúde, autarcas, partidos políticos e bombeiros do Concelho de Ourém, sem que a política e a ofensiva ao governo excedam os motivos e os argumentos justos, que decerto, todos encontrarão, para justificar o Hospital de Torres Novas, como a alternativa credível e correcta.

Cabe à JS do Concelho de Ourém, manifestar o seu desacordo face à proposta apresentada por esta Comissão Técnica.

Desejamos que a Assembleia Municipal de Ourém tome posição, em diálogo com todos, assente em práticas políticas comuns, conforme o assunto em apreço necessita, deixando as cores partidárias de lado, em defesa dos superiores interesses das populações do Concelho de Ourém.

Secretariado Concelhio da JS

sexta-feira, outubro 13, 2006

Afinal, o que irá mudar na Segurança Social?

Muito se tem falado ultimamente na reforma da Segurança Social. Uns com conhecimento de causa, outros nem por isso, procurando levar as pessoas a acreditar na necessidade de destruir um modelo que garante a todos uma reforma.

Mas afinal o que vai mudar?

Para começar, os descontos passam a contar, para o cálculo da reforma, toda a vida contributiva do trabalhador, e não só os últimos anos.

Irão deixar de haver reformas chorudas, que todos condenamos… Ou seja, mais justiça para quem trabalha. O rendimento de inserção social, mais conhecido por rendimento mínimo, assim como os abonos familiares, deixarão de ser suportados pela Segurança Social, e passarão a ser pagos pelo Orçamento de Estado, ficando mais dinheiro para as reformas.

O cálculo do valor da reforma, e não como muitos dizem da idade da reforma, passará a ser calculada em função de esperança média de vida. As pensões não irão baixar para quem já as está a receber, e para se reformar até 2015, as pessoas têm a possibilidade de optar pela forma de cálculo que lhe seja mais vantajosa.

Afinal, para quê tanto pânico? Porque os lobbies das seguradoras estão aí! Elas querem um sistema de capitalização, ou melhor, dos já existentes PPR’s, que agora são opcionais, mas que as seguradoras e bancos querem obrigatórios, claro, para aumentarem os seus lucros.

E se assim fosse, como seria na altura de nos devolverem tudo o que tínhamos investido durante a nossa vida contributiva? Pelos exemplos que as seguradoras já nos deram, seria questionável… Na altura em que elas têm de pagar, levantam mil e um problemas. Quem não tem uma história já para contar das seguradoras…?

É por isso que é importante manter o Estado Social em que estamos inseridos, continuar a garantir um sistema de segurança social justo e equilibrado, para que TODOS tenham direito a uma reforma. E não só os mais ricos…

A Juventude Socialista está solidária com esta proposta de reforma, porque ela assegura a reforma dos Jovens, pois foi para os Jovens que ela foi pensada.

Nuno Baptista

quarta-feira, outubro 11, 2006

Obrigado por tudo!

Foi num misto de tristeza e saudade que os dirigentes da Juventude Socialista tomaram conhecimento do fim da ABC Rádio, antiga Rádio Clube de Ourém.

A mudança de nome, há uns anos, para ABC Rádio já não estabelecia a ligação entre a Rádio e o nome de Ourém. Mudança essa devia, possivelmente por questões de marketing ou outras que desconhecemos. Mas, continuava a ser a Rádio de Ourém! Aquela onde reconhecíamos a voz dos locutores, do jornalista, dos spots publicitários…

Era a Rádio que transmitia jogos regionais e nacionais. Chegava a ir ao estrangeiro, ombreando com rádios nacionais. Tinha um alcance regional de grande audiência.

Foi sempre uma Rádio isenta. Afastada de influências políticas. E talvez isso também tenha justificado um deficitário apoio da Câmara Municipal a este importante órgão de comunicação social.

Talvez alguns responsáveis políticos hoje falem da Rádio de Ourém, que foi vendida, mas que não devia ser pois era parte da história e dos costumes das gentes do concelho.

Se aqueles que agora se lamentam tivessem adoptado medidas, valorizado, apoiado e divulgado a importância da ABC na esfera social, desportiva, comercial e de entretenimento no nosso concelho, este processo não teria culminado desta forma.

Saudamos o Rui Melo, a Paula Cristina, o Jorge Martins entre outros, que ao longo dos anos construíram à base do esforço pessoal, uma marca de Ourém, que a Juventude Socialista sempre reconheceu como vital para a vida de um Concelho.

Obrigado por tudo.

terça-feira, outubro 10, 2006

Força, pessoal!


É já amanhã que a Juventude Ouriense inicia o Campeonato Nacional de Hóquei, em Ourém, às 21h com o Hóquei de Barcelos.

Depois da apresentação da equipa, num jogo com o Benfica, desejamos aos jogadores, aos técnicos e à Direcção da Juventude Ouriense um bom campeonato.

Com as vitórias possíveis, em nome do Desporto, da sã convivência e pela nossa terra!

Força, pessoal!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Fazer a reforma que a Segurança Social precisa

O primeiro-ministro foi ao Parlamento justificar a reforma da Segurança Social defendida pelo Governo e desmentir que as pensões possam vir a baixar, advogando ao invés o seu crescimento de forma sustentável.
O segredo, segundo José Sócrates, está na nova fórmula preconizada onde a sustentabilidade assume um papel determinante.
Para José Sócrates a proposta do PSD não só não é responsável como enferma de um mal maior: não defende e muito menos aponta para o modelo social que o país precisa.

Esta foi a segunda vez que a questão da reforma da Segurança Social foi levada a um debate mensal na Assembleia da República sempre pela iniciativa do Governo.

O factor da sustentabilidade da Segurança Social foi um dos aspectos recorrentes e o mais em foco durante toda a intervenção de José Sócrates.
Para o primeiro-ministro, a proposta do Executivo é a única que liga a esperança média de vida ao valor das futuras pensões através da aplicação de uma fórmula de cálculo que resulta do rácio entre a actual esperança média de vida em 2006 e aquela que se tiver verificado no ano anterior ao requerimento da pensão, a aplicar às pensões requeridas a partir do início de 2008.

Contudo, e como sublinhou, nada do que o Governo trouxe agora a este debate assume um carácter de novidade. De facto, como recordou o primeiro-ministro, já no passado dia 27 de Abril o Governo anunciou as linhas mestras da reforma que hoje está a defender, tendo apenas introduzido, como referiu, pequenas alterações em consequência das negociações em sede de concertação social.
O Governo pretende agora apresentar já no próximo mês de Outubro a sua proposta de lei sobre a matéria, prevendo a sua aprovação até ao final do presente ano.

Para José Sócrates, este timing é absolutamente possível, recordou, porque o Governo e os parceiros sociais anunciaram já o seu acordo sobre a reforma da Segurança Social, documento que estará concluído a 10 de Outubro.
A introdução do factor da sustentabilidade constitui uma das medidas mais emblemáticas mas também “a única capaz de viabilizar e sustentar uma das reformas mais importantes e decisivas para o futuro do país”, disse o primeiro-ministro na sua intervenção no Parlamento.
Mas a flexibilidade do Governo, em matéria da reforma da Segurança Social, não se ficou por aqui, uma vez que, também em concertação com os parceiros sociais, resolveu introduzir na sua proposta medidas tendentes a aumentar a bonificação mensal a dar aos trabalhadores que optem por permanecer no mercado de trabalho após completarem 40 anos de descontos, medida que o Executivo acha justa e exequível.
Assim, os trabalhadores que por sua livre vontade decidirem permanecer no activo após terem feito 40 anos de descontos para a Segurança Social, e que tenham menos de 65 anos de idade, serão objecto de uma bonificação mensal de 0,65 por cento, contra os 0,44 por cento preconizados anteriormente pelo Governo.